Palavras-chave
educação
capacidades dinâmicas
crunchbase.
Como Citar
Resumo
As edtechs são modelos de negócios escaláveis desenvolvidos com o objetivo de criar produtos e serviços educacionais com base tecnológica. Os interessados por edtechs são investidores e empreendedores que objetivam criar modelos inovadores de aprendizagem com tecnologia para alavancar e agilizar o ensino no mercado. Considerando o grande desafio de sobrevivência e sucesso deste segmento, esta pesquisa teve por objetivo avaliar se fatores como tempo de existência, investimentos, funcionários e localização podem ser elementos facilitadores para promover o sucesso das edtechs e se elas contribuem para ampliar as capacidades dinâmicas. A pesquisa traz como lente teórica as capacidades dinâmicas e de sucesso para representar o fenômeno e o percurso metodológico do estudo contou com análise de variância (ANOVA) e uma análise descritiva dos dados. Para dar robustez à pesquisa, além da extração dos dados na plataforma Crunchbase que compreende informações comerciais e financeiras de empresas, a literatura também foi explorada utilizando a base de dados Scopus para mapear o interesse dos pesquisadores. As análises estatísticas reforçam a teoria e apresentam evidências que a base de dados Crunchbase pode concentrar informações relevantes para medir o sucesso das edtechs, reforçar a decisão de investidores e apoiar o campo da ciência com a atualização dos dados de fundação de edtechs.
Referências
Abstartup. (2021) Investigação sobre as tecnologias educacionais brasileiras. Recuperado de: https://abstartups.com.br/mapeamentos-edtech/. Acesso em Jan/2022.
Amoroso, N., Bellantuono, L., Monaco, A., De Nicolò, F., Somma, E., & Bellotti, R. (2021). Sucesso de negócios de previsão de interação econômica. Complexidade, 2021. https://doi.org/10.1155/2021/8861267
Arroyo, J., Corea, F., Jimenez-Diaz, G., & Recio-Garcia, JA (2019). Avaliação do desempenho do aprendizado de máquina para suporte à decisão em investimentos de capital de risco. Acesso Ieee, 7, 124233-124243. https://doi.org/10.1109/ACCESS.2019.2938659
Arruda, C., Nogueira, V., Cozzi, A., & Costa, V. (2014). Causas da mortalidade de startups brasileiras. Núcleo de Inovação e Empreendedorismo, Fundação Dom Cabral.
Begley, TM, & Tan, WL (2001). O ambiente sociocultural para o empreendedorismo: uma comparação entre os países do leste asiático e anglo-saxões. Jornal de estudos de negócios internacionais, 32(3), 537-553. https://doi.org/10.1057/palgrave.jibs.8490983
Bishop, A., & Mateos-Garcia, J. (2019). Explorando a ligação entre a complexidade econômica e as atividades econômicas emergentes. National Institute Economic Review, 249, R47-R58. https://doi.org/10.1177/002795011924900114
Bloco, J., & Sandner, P. (2009). Qual é o efeito da crise financeira no financiamento de capital de risco? Evidências empíricas de start-ups de Internet nos EUA. Venture Capital, 11(4), 295-309. https://doi.org/10.1080/13691060903184803
Bonaventura, M., Ciotti, V., Panzarasa, P., Liverani, S., Lacasa, L., & Latora, V. (2020). Prevendo o sucesso na rede mundial de startups. Relatórios científicos, 10(1), 1-6. https://doi.org/10.1038/s41598-019-57209-w
Camilo, GM; De Vasconcellos, SL; Amal, M. Capacidades Digitais: Uma Revisão Bibliométrica. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies, v. 12, n. 3, pág. 483-510, 2020. https://doi.org/10.24023/FutureJournal/2175-5825/2020.v12i3.551
Canaltech. (2022) Canal de tecnologia. Recuperado de: https://canaltech.com.br/. Acesso em Jan/2022.
Chae, B., & Olson, D. (2021). Tecnologias e aplicações da Indústria 4.0: insights de análise de rede. Jornal Internacional de Pesquisa de Produção, 1-23. https://doi.org/10.1080/00207543.2021.1931524
Crunchbase. Plataforma Crunchbase. Disponível em: https://www.Crunchbase.com/. Acesso em: 19 Nov. 2021.
Cumming, D., Werth, JC e Zhang, Y. (2019). Governança em ecossistemas empreendedores: capitalistas de risco versus parques tecnológicos. Small Business Economics, 52(2), 455-484. https://doi.org/10.1007/s11187-017-9955-6
Dalle, J.-M., Den Besten, M. & Menon, C. (2017). Usando Crunchbase para pesquisa econômica e gerencial. Documentos de Trabalho de Ciência, Tecnologia e Indústria da OCDE. Recuperado de: https://pdfs.semanticscholar.org/aa83/4b1dd d1d6c96bde1c6e526be6bb2a99ad011.pdf. Acesso em 19 de jan/2022.
de Noronha, MES, Hayashi, V., Martins, J., & de Oliveira, TCLL (2023). A IA dá suporte à agilidade organizacional e à orquestração de recursos da Cleantechs. Revista de Administração, Sociedade e Inovação, 9(2), 69-89. https://doi.org/10.20401/rasi.9.2.733
de Noronha, MES, Martins, JBN, Iamamoto, AT, da Silva, PB, & Silva, R. (2023). As Capacidades Dinâmicas das Cleantechs e a Ecoinovação no aproveitamento de Políticas Públicas Fiscais Verdes. Jornal de Direito e Desenvolvimento Sustentável, 11(1), e0248-e0248. https://doi.org/10.37497/sdgs.v11i1.248
Edtech Distrito. (2020) Conectores Inovation, Recuperado de : https://materiais.distrito.me/distrito-dataminer-edtech-report. Acesso em Jan/2022.
Eisenhardt, KM, & Martin, JA (2000). Capacidades dinâmicas: o que são?. Revista de gestão estratégica, 21 (10-11), 1105-1121. https://doi.org/10.1002/1097-0266(200010/11)21:10/11<1105::AID-SMJ133>3.0.CO;2-E
Fishbein, M., & Ajzen, I. (1977). Crença, atitude, intenção e comportamento: uma introdução à teoria e à pesquisa.
Garrido, IL, Kretschmer, C., Vasconcellos, SLD, & Gonçalo, CR (2020). Capacidades dinâmicas: uma proposta de medição e sua relação com o desempenho. BBR. Brazilian Business Review, 17, 46-65. https://doi.org/10.15728/bbr.2020.17.1.3
Gastaud, C., Carniel, T., & Dalle, JM (2019). A importância variável de fatores extrínsecos no sucesso da captação de recursos de startups: competição no estágio inicial e redes no estágio de crescimento. pré-impressão arXiv arXiv:1906.03210.
Gereto, MAS (2019). Caracterização do ciclo de investimentos de venture capital em startups brasileiras em termos de rodadas de investimentos e estratégias de desinvestimento a partir de dados da Crunchbase (dissertação de doutorado). https://doi.org/10.21714/19-82-25372019v13n3p3854
Goss-Sampson, M. (2019). Análise estatística no JASP: um guia para estudantes. Recuperado de: https://gala.gre.ac.uk/id/eprint/25585/. Acesso em 10/jan/2022.
Guimarães, PRB (2008). Métodos quantitativos estatísticos - Curitiba: IESDE Brasil SA.
Herck Giaquinto, L., & Bortoluzzo, AB (2020). Investidores anjo, investidores em estágio inicial e influência de fundadores no financiamento de FinTech: um contexto de mercado emergente. Macroeconomia e Finanças em Economias de Mercado Emergentes, 13(3), 276-294. https://doi.org/10.1080/17520843.2020.1737169
Hyytinen, A., Pajarinen, M., & Rouvinen, P. (2015). A inovação reduz as taxas de sobrevivência das startups?. Journal of business venture, 30(4), 564-581. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2014.10.001
Khin, S. & Ho, TC (2018). Tecnologia digital, capacidade digital e desempenho organizacional: um papel mediador da inovação digital. International Journal of Innovation Science , 11(2), 177-195.
Kim, Tae. Compreender a ANOVA unidirecional usando figuras conceituais. NCBI.
Korean Journal of Anesthesiology, 2017. Recuperado de: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5296382/. Acesso em: 26/jan/2022.
Klinger, J., Mateos-Garcia, J., & Stathoulopoulos, K. (2021). Aprendizado profundo, mudança profunda? Mapeando a evolução e a geografia de uma tecnologia de uso geral. Cienciometria, 1-33. https://doi.org/10.1007/s11192-021-03936-9
LAB. (2021) Histórias de negócios latino-americanos. Recuperado de: https://labsnews.com/pt-br/artigos/tecnologia/a-hora-ea-vez-das-edtechs-como-startups-de-educacao-podem-ajudar-a-recuperacao-economica-pos -pandemia/ Acesso em Jan/2022.
Liang, YE e Yuan, S.-TD (2016), "Prevendo o comportamento de financiamento do investidor usando recursos de rede social crunchbase", Internet Research, vol. 26 No. 1, pp. 74-100. https://doi.org/10.1108/IntR-09-2014-0231. https://doi.org/10.1108/IntR-09-2014-0231
Luo, Y. (2000). Capacidades dinâmicas na expansão internacional. Journal of World Business, 35(4), 355-378. https://doi.org/10.1016/S1090-9516(00)00043-2
Mattsson, LG e Andersson, P. (2019). Interação público-privada em processos de inovação de serviços públicos - desafios do modelo de negócios para uma empresa start-up de EdTech. Revista de Negócios e Marketing Industrial. https://doi.org/10.1108/JBIM-10-2018-0297
Noronha, MESD, Ferraro, DMJ, & Silva, RDSV (2023). O processo de tomada de decisão para o desenvolvimento de inovação sustentável por meio de capacidades dinâmicas em tecnologias limpas. Organizações & Sociedade, 30, 203-240. https://doi.org/10.1590/1984-92302023v30n0007en
Petit, N., & Teece, DJ (2021). Grandes empresas de tecnologia inovadoras e política de concorrência: privilegiando a concorrência dinâmica em detrimento da estática. Mudança Industrial e Corporativa, 30(5), 1168-1198. https://doi.org/10.1093/icc/dtab049
Quevedo-Silva, F., Santos, EBA, Brandão, MM, & Vils, L. (2016). Estudo bibliométrico: orientações sobre sua aplicação. Revista Brasileira de Marketing, 15(2), 246-262. https://doi.org/10.5585/remark.v15i2.3274
Renz, A., & Hilbig, R. (2020). Pré-requisitos para inteligência artificial na educação continuada: identificação de drivers, barreiras e modelos de negócios de empresas de tecnologia educacional. Jornal Internacional de Tecnologia Educacional no Ensino Superior, 17(1), 1-21. https://doi.org/10.1186/s41239-020-00193-3
Renz, A., Krishnaraja, S., & Schildhauer, T. (2020). Uma nova dinâmica para EdTech na era das pandemias. Chamada Especial para Contribuições sobre Inovação Movida à Crise ISPIM 2020.
Rodrigues, F., Rodrigues, FA, & Rodrigues, TVR (2021). Modelos de machine learning para predição do sucesso de startups. Revista de Gestão e Projetos, 12(2), 28-55. https://doi.org/10.5585/gep.v12i2.18942
Sakaguti, ES, Silva, MA, Regazzi, AJ, Torres, RA, & Martins, EN (1996). Avaliação dos testes da análise de variância multivariada em experimentos com dados desbalanceados. Revista Brasileira de Zootecnia, 25, 437-448.
Sebrae (2022) O que é uma startup e o que ela faz? Recuperado de: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/pi/artigos/voce-sabe-o-que-e-uma-startup-eo-que-ela-faz,e15ca719a0ea1710VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em jan/2022.
Sharchilev, B., Roizner, M., Rumyantsev, A., Ozornin, D., Serdyukov, P., & de Rijke, M. (2018, outubro). Previsão de sucesso de inicialização baseada na Web. Em Anais da 27ª ACM Internacional sobre Gestão da Informação e do Conhecimento (pp. 2283-2291). ACM.
Shepherd, DA, & Gruber, M. (2021). A estrutura da startup enxuta: fechando a divisão acadêmico-praticante. Teoria e Prática do Empreendedorismo, 45(5), 967-998. https://doi.org/10.1177/1042258719899415
Silva, A. de O., & Janes, D. dos S. (2020). Explorando o papel da inteligência artificial na educação: uma perspectiva abrangente. Revisão de Inteligência Artificial na Educação, 1(00), e05. https://doi.org/10.37497/rev.artif.intell.education.v1i00.5
Silva, A. de O., & Janes, D. dos S. (2021). O surgimento do ChatGPT e suas implicações para a educação e a pesquisa acadêmica no século XXI. Revisão de Inteligência Artificial na Educação, 2(00), e06. https://doi.org/10.37497/rev.artif.intell.education.v2i00.6
Silva, A. de O., & Janes, D. dos S. (2023). Desafios e Oportunidades da Inteligência Artificial na Educação em um Contexto Global. Revisão de Inteligência Artificial na Educação, 4(00), e01. https://doi.org/10.37497/rev.artif.intell.education.v4i00.1
Silva, Edmilson Estevão da Ciclo de vida das empresas startups / Edmilson Estevão da Silva. Campo Limpo Paulista, SP: FACCAMP, 2017. Dissertação de mestrado profissional em administração Faculdade Campo Limo Paulista.
Silva, RDSV, Rodrigues, CD, Sampaio, M., de Noronha, MES, & Amatucci, M. (2022). Capacidades Digitais Aplicáveis ao Setor Educacional. Administração: Ensino e Pesquisa, 23(1). https://doi.org/10.13058/raep.2022.v23n1.2145
Canção, CH (2021). Explorando e prevendo o desenvolvimento do conhecimento no campo de armazenamento de energia: evidências do cenário emergente de startups. Energies, 14(18), 5822. https://doi.org/10.3390/en14185822
Genoma de inicialização. (2021). A pesquisa mais abrangente e amplamente lida do mundo sobre startups, com 280 ecossistemas de inovação e mais de 3 milhões de empresas analisadas. Recuperado de: https://startupgenome.com/report/gser2021. Acesso em Jan/2022.
StartupBlink. (2021) Índice Global de Ecossistema de Startups. Recuperado de: https://www.startupblink.com/. Acesso em Jan/2022.
StartupFarm. (2017) Conheça nosso programa de escuta. Recuperado em: https://startup.farm/aceleracao/. Acesso em Jan/2022.
Teece, DJ (2007). Explicando as capacidades dinâmicas: a natureza e os microfundamentos do desempenho empresarial (sustentável). Revista de administração estratégica, 28(13), 1319-1350. https://doi.org/10.1002/smj.640
Teece, DJ (2018). Modelos de negócios e capacidades dinâmicas. Planejamento de longo alcance, 51(1), 40-49. https://doi.org/10.1016/j.lrp.2017.06.007
Teece, DJ, Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Capacidades dinâmicas e gestão estratégica. Revista de gestão estratégica, 18(7), 509-533. https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0266(199708)18:7<509::AID-SMJ882>3.0.CO;2-Z
Teece, D., & Leih, S. (2016). Incerteza, inovação e capacidades dinâmicas: uma introdução. Revisão da Administração da Califórnia, 58(4), 5-12. https://doi.org/10.1525/cmr.2016.58.4.5
Ter Wal, AL, Alexy, O., Block, J., & Sandner, PG (2016). O melhor dos dois mundos: os benefícios das redes de distribuição abertas especializadas e fechadas diversificadas para o sucesso de novos empreendimentos. Ciência administrativa trimestralmente, 61(3), 393-432. https://doi.org/10.1177/0001839216637849
Van Eck, NJ, & Waltman, L. (2010). Levantamento de software: VOSviewer, um programa de computador para mapeamento bibliométrico. cienciometria, 84(2), 523-538. https://doi.org/10.1007/s11192-009-0146-3
Wagenmakers, E., & Kucharský, Š. (2020). A Biblioteca de Dados JASP. Recuperado de: https://europepmc.org/article/ppr/ppr329764. Acesso em 03/jan/2022. https://doi.org/10.31234/osf.io/vr2u8
Williamson, B. (2018). Escolas de startups de silício: tecnocracia, imaginários algorítmicos e filantropia de risco na reforma da educação corporativa. Estudos críticos em educação, 59(2), 218-236. https://doi.org/10.1080/17508487.2016.1186710
Zahra, SA, & George, G. (2002). O ciclo de inovação empresarial habilitado pela rede e a evolução das capacidades dinâmicas. Pesquisa de sistemas de informação, 13(2), 147-150. https://doi.org/10.1287/isre.13.2.147.90
Żbikowski, K., & Antosiuk, P. (2021). Uma abordagem de aprendizado de máquina sem viés para prever o sucesso dos negócios usando dados do Crunchbase. Information Processing & Management, 58(4), 102555. https://doi.org/10.1016/j.ipm.2021.102555
Zollo, M. & Winter, SG (2002). Aprendizagem deliberada e a evolução das capacidades dinâmicas. Ciência da organização, 13(3), 339-351. https://doi.org/10.1287/orsc.13.3.339.2780
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Rosemeire Silva, Matheus Noronha